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Family Book
BASE DE DADOS GENEALÓGICOS
1 - Conteúdo
Nesta base de dados genealógicos foram introduzidos os casamentos das paróquias de S. Miguel, Açores, Portugal de:
S. Pedro da Ribeira Seca, Ribeira Grande, desde 1577 a 1980;
Santa Bárbara da Ribeira Grande (ex-Lomba de Santa Bárbara) de 1841 a 1948
Nossa Senhora dos Anjos de Água de Pau, Lagoa de 1729 a 1869
Nossa Senhora da Conceição dos Mosteiros, Ponta Delgada de 1900 a 2000
Em execução:
Casamentos do Sr. Bom Jesus de Rabo de Peixe
Casamentos da Matriz da Ribeira Grande de 1542 a 1633
Baptismos de S. Pedro da Ribeira Grande desde 1577 a 1859, todos baptismos de 1860 a 1906 já figuram no site.
Para além da minha família também figuram as árvores genealógicas de:
Antero de Quental
Natália Correia
Aurélio Tobias Tavares
José Vaz Serra
António Pereira Silva
Eduardo Cardoso Gomes Filipe
Zulmiro Câmara Raposo
Berta Maria Correia de Almeida Cabral
2 - A Ilha de São Miguel
Nasci na Ilha de São Miguel em 1940 numa das ribeiras mencionadas, a Ribeira Seca da Ribeira Grande, cujo orago é o Apostólo São Pedro.
2.1 - A ILHA
Nascida sabe-se lá quando, a Ilha S. Miguel de origem vulcânica, faz-se supostamente em duas partes e depois a planície onde se implantam as cidades de Ponta Delgada e Ribeira Grande, e o espaço que as ligam, perfazendo a morfologia icónica que hoje herdamos.Conhecida por vários povos ao longo do tempo, sem sabermos se pegada de humano alguma vez sentiu, São Miguel, pelas mãos dos portugueses, é descoberta ou redescoberta em 1427, mas que só entre 1439 e 1443 é que vê, primeiro lançamento de animais, que não tinha, e depois os seus iniciais povoadores pisarem a sua terra para ficarem, isto na Povoação, fundando o primeiro acto de vida efectiva na ilha que viria a ter, da provável mão de D. Pedro, o nome do Príncipe da Igreja, Arcanjo São Miguel.
Se Gaspar Frutuoso tiver razão, era toda a ilha coberta de densa e espessa vegetação de cedros, louros, ginjas e faias.
Deste “espesso mato” (Frutuoso), os povoadores, vindos todos do reino de Portugal, Ribatejo, Alentejo, no início, cravam através da “roçagem” e “enfogueiramento” o seu habitat. Emergem as “cafuas” de palha ou feno, que caracterizam os aglomerados que se erguiam na paisagem”selvagem” desta Ilha em Quatrocentos.
Com intuito pré-determinado, a humanização da paisagem micaelense iria tomar contornos radicais que a transformaria, em tudo, para sempre. Pelo mar os novos povoadores iam conhecendo a grande massa terrestre de São Miguel, planeando certamente os sucessivos actos de povoamento que já em meados do Século XVIII se encontraria estabilizado, mesmo que não totalmente definido. De Este a Oeste, de Norte a Sul, São Miguel é desbravado até ao limite, dando lugar, nos locais mais planos e rasos, e de proximidade com o mar, de que o homem de então necessitava para a sua sobrevivência em várias frentes, aos seus principais aglomerados, como Vila Franca do Campo (primeira cabeça e alfoz da ilha e feita vila por volta de 1472), Ponta Delgada (Vila em 1499 e Cidade em 1546), Ribeira Grande (Vila em 1507), Água de Pau (Vila em 1515), o Nordeste (Vila em 1514) e Lagoa (Vila em 1522) ano do terrível e devastador terramoto que arrasou por completo Vila Franca do Campo. Os restantes e pequenos aglomerados, maioritariamente de morfologia linear, encontravam o seu lugar onde a natureza permitia, entre os principais centros populacionais, e o homem necessitava, estes nunca alcançando escala e complexidade de relevo.
Tão diversa quão perigosa, a Ilha do Arcanjo nunca deixou de surpreender. De uma morfologia costeira e de “hiterlândia” rica e de grande beleza, surgem os vulcões e tremores de terra, os chamados “ dilúvios” (Frutuoso), dando o contexto de perpétuo contrastante e incerteza, pousado no terrível isolamento que sempre a caracterizou.
Do “biscoito” (pedra miúda basáltica) que pairava em todo o lado, e sendo necessária a terra para cultivar e construir, a sua remoção provou ser uma tarefa colossal. Com ela nascem os muros de vedação aos cultivos e animais, os ditos “cerrados” acoplados aos famosos “abrigos” (que protegia dos assaltantes e da corrosiva “ressalga” e dos ventos), e claro, toda a arquitectura: popular e erudita, do trabalho, religiosa, os portos e a defesa.
Com o tempo os lugares recebiam os seus nomes, de montes (gordo), picos (dos bodes, das cabras, agudo, das mesas, dos ginetes…) lombas e vales (Lombas da Algarvia, São Pedro, do Pão, Vale dos Cavalinhos, das Éguas...), ribeiras (grandes e secas), baías, pontas (delgadas), fajãs e todo o mais. De origem maioritariamente popular, a toponímia, com uma impressionante e majestosa relação Quinhentista que Frutuoso nos legou, varre toda a ilha perpetuando nomes de pessoas, ecossistemas de animais, características físicas e morfológicas da ilha, acontecimentos e nomes de santos, e acima de tudo, espelhando a efectiva posse do homem sobre a ilha de São Miguel, de quem vira para sempre.
Da sua relação dicotómica com o mar, o micaelense habituou-se a um mar “bravo” (Frutuoso) caprichoso e perigoso, vezes sem conta trazendo a destruição, os corsários e a pirataria, e a morte. Mas era com o mar que o micaelense, como todos os Açorianos em geral, teriam de viver, quer para o alimento, o transporte (inter-ilhas, com o reino, e intercontinental) e a protecção.
A ilha do Arcanjo, como território perfeito, emergia como um espaço de passagem obrigatória nas viagens de retorno (com preponderância para Angra do Heroísmo a partir de 1527 com a criação da Provedoria das Armadas), para o sustento do reino (trigo, em especial) e do império que então nascia, e na entreajuda que prestava e recebia das outras ilhas dos Açores.
No céu os micaelenses encontravam o seu Deus protector e castigador, com ênfase para os santos, os intermediários, a que os micaelenses e Açorianos muito confiavam a sua fé e alma colocando em montes e vales, cidades e aldeias, cruzes, ermidas, igrejas e matrizes, como forma de agraciar e agradecer a protecção que pensavam merecer e que tanto necessitavam. Dos romeiros, que supostamente nascem na erupção vulcânica do Pico do Fogo em 1563, visitando na Quaresma as “casinhas” de Nª Senhora, culminando na emblemática e icónica procissão do Senhor Santo Cristo que a partir de 1700 percorre as vias de Ponta Delgada, passando pelos principais conventos.
É também do céu que as tormentas provêem: os ventos e tempestades que nunca sossegaram a alma micaelense, na sua invariável inconstância e mudança, como na sua violência, ceifando vidas e colheitas.
Hoje São Miguel é uma sombra de sua grandiosidade e majestosidade cultural, religiosa, económica e artística do passado. De um eixo no mundo, passou a uma miragem na imensidão do mundo e do oceano onde pousa. Ilha maior e solitária, pela sua grandeza física e pela sua quase auto-suficiência em tempos passados, São Miguel do Século XXI sobrevive à custa da esmola e da desgraça que ventos de dentro e de fora carregam nos seus ombros.
Longe vão os dias da glória e da pujança. Longe vão os dias de São Miguel Arcanjo.
Fonte:Rui Goulart de Almeida - Açoriano Oriental, Domingo 20 de Novembro de 2011.
2.2 - A Ribeira Seca da Ribeira Grande
Segundo o ilustre cronista Padre Doutor Gaspar Frutuoso na sua obra Saudades da TerraIlha de S. Miguel na wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_São_Miguel
3 - Os meus antepassados - Troncos de Capítulos da obra
Genealogias de São Miguel e Santa Maria por Rodrigo Rodrigues
À medida que fui avançando com as minhas pesquisas sobre a minha família e com dados fornecidos por amigos genealogistas, fui tentando entroncar os meus ancestrais nas Genealogias de Rodrigo Rodrigues.
A ordem aqui seguida é a dos capítulos da referida obra, embora apresente o SOSA de cada um deles em relação ao autor.
O resultado deste trabalho é o que se apresenta nesta secção 3.
3.1 - Capítulo 1º - Gonçalo Vaz Botelho, o Grande
SOSA 75.812Gonçalo Vaz Botelho, o Grande, tronco dos Botelhos nos Açores, um dos mais antigos povoadores da ilha de S. Miguel, para onde veio com sua mulher e alguns dos filhos por 1450 e tantos.
Teve dadas de terras em Rabo de Peixe, quarenta e cinco moios, que depois foram repartidos pelos filhos. Frutuoso diz não saber o nome, nem a filiação da mulher (Frutuoso, Livro IV, Cap.º XXXIX e Felgueiras Gaio, "Nobiliário", título "Botelhos", tomo VII, pág. 118).
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3.2 - Capítulo 4º - Jorge da Mota
SOSA 36.688Jorge da Mota, Cavaleiro da Ordem de Aviz, foi o primeiro desta família que veio para S. Miguel. Foi Juiz Ordinário em Vila Franca em 1508. A 3.4.1508, quando a Ribeira Grande foi criada Vila, Jorge Mota, como Juiz Ordinário, foi encarregado de escolher os doze melhores cidadãos para a primeira Câmara Municipal. Era filho de Fernão da Mota, do Porto, e de Catarina Álvares, neto de outro Fernão da Mota, também do Porto, casou com Ana (ou Catarina) Monteiro, filha de Fernão Monteiro, criado de El-Rei D. Duarte e de Mécia Afonso de Escobar, de Estremoz (Vide Felgueiras Gaio, "Nobiliário", título "Motas", Tomo XXI, Vol. 7.º pág. 104). Estes Motas devem ser da família Osório da Fonseca (Vide Cristóvão Alão de Morais, "Pedatura Lusitana", Tomo VI, Vol. II, pág. 166). Jorge da Mota, em testamento aprovado a 6.6.1508, vinculou a propriedade de 30 alqueires de terra, casas e ermida de S. João Baptista, em Vila Franca. Deste vínculo foi último administrador a 1.º Visconde de Santa Catarina (Vide "O Preto no Branco", N.º 36).
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3.3 - Capítulo 8º - Francisco Anes, da Praia
SOSA 41.102Francisco Anes, da Praia ,assim chamado por ser morador na Praia, perto de Vila Franca (Frutuoso, Livro IV, Cap. XV e XX).
Pelo que diz Frutuoso no Livro IV, Cap.º XXV, parece ter casado com uma filha de Afonso Anes da Rocha Machado, talvez chamada Mécia Afonso, porque Frutuoso diz que os filhos de Amador da Costa são bisnetos de Mécia Afonso, da geração dos Pavões (Frutuoso, Livro IV, Cap.º XXIX e Cap.º XXV, que é talvez o certo).
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3.4 - Capítulo 9º - Afonso Lourenço
SOSA 8.866
Afonso Lourenço, a quem Frutuoso também chama João Afonso Lourenço, mas cujo verdadeiro nome é Afonso Lourenço, como consta de um libelo que seu neto Gaspar Lourenço propôs a seu tio (dele Gaspar Lourenço) Domingos Afonso, libelo que foi julgado em Lisboa a 17.3.1558.
Afonso Lourenço é também assim nomeado pelo genro Tomé Vaz Pacheco no seu testamento de 9.5.1516, em que diz ser ele seu sogro e já falecido. Afonso Lourenço veio de Portugal para a ilha de S. Miguel, onde foi Procurador do Número. A sua nomeação foi feita a 12.7.1492 ("Arquivo dos Açores", Vol. I, pág. 315).
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3.5 - Capítulo 12º - Gonçalo de Teve e seu irmão Pedro Cordeiro
SOSA 73.380Gonçalo de Teve, foi o primeiro Almoxarife em S. Miguel e o primeiro desta família que veio para a mesma ilha (Frutuoso, Livro IV, Cap.º VII).
Segundo Frutuoso foi encarregado de, em conjunto com o Capitão Donatário, fazer as dadas de terrenos em S. Miguel.
Era filho de Gonçalo de Teve a quem Frutuoso, nas Saudades da Terra, chama Gonçalo de Ornelas Paim, o que é engano, pois os descendentes nunca usaram os apelidos Ornelas e Paim, mas sim os apelidos Teve, Teive ou Teves.Ignora-se com quem casou, mas diz Frutuoso que foram seus filhos Pedro, Simão e João de Teve.
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SOSA 36.118
Pedro Cordeiro,Escrivão do almoxarifado em S.Miguel. «Veio também com o dito Gonçalo de Teve, primeiro almoxarife, por mandado de el-Rei e do infante, a esta ilha de S. Miguel, por primeiro escrivão do almoxarifado, um seu irmão [...] chamado Pedro Cordeiro», segundo Gaspar Frutuoso.
A 27.07.1487 recebeu do Duque de Viseu, donatário das ilhas, instruções sobre como deveria proceder na atribuição de terras de sesmaria aos povoadores de São Miguel, como escrivão do almoxarige da ilha de São Miguel.
Em 1488 ainda exercia este ofício e sabe-se que também foi tabelião em Vila Franca do Campo, onde morava.
3.6 - Capítulo 13º - Fernão de Mesa
SOSA 73.382Fernão de Mesa, castelhano, fugido de Castela no tempo da revolta das comunidades (1520), veio para a ilha de S. Miguel (Frutuoso, Livro IV, Cap.os III e XVII). Casou em Espanha com Isabel França, castelhana.
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3.7 - Capítulo 14º - Maria Novais de Quental e seu marido Ambrósio Álvares de Vasconcelos
SOSA 18.717Maria Novais de Quental,Dama da Rainha D. Leonor, mulher de D. João II. Casou a furto com seu marido e por isto estiveram ambos presos, ele num castelo e ela num convento. Foram soltos para acompanharem a Princesa, filha de D. Afonso V, para a Alemanha, onde ia casar com o Imperador. Mandou-os depois El-Rei para a Terceira, onde moraram certo tempo (Frutuoso, Livro IV, Cap.º XVIII). Maria de Novais veio para a ilha de S. Miguel, não se sabe se já viúva, e ali morreu, sendo sepultada no Convento de S. Francisco que havia em Vila Franca, antes da subversão de 1522.
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SOSA 18.716
Ambrósio Álvares de Vasconcelos, que veio para a ilha Terceira como Memposteiro-mór dos Cativos e era filho de Pedro Álvares Homem, Provedor da Fazenda na ilha da Madeira, e de Margarida Mendes de Vasconcelos.
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3.8 - Capítulo 15º - Rui Lopes
SOSA 37. 904Rui Lopes, Cavaleiro, veio para S. Miguel em tempos do 3.º Capitão Donatário desta ilha, Rui Gonçalves da Câmara. Era filho de Rui Esteves Barbosa, morador Entre Douro e Minho, e de Filipa da Silva, irmã do Regedor (Frutuoso, Livro IV, Cap.º XI). Rui Lopes casou em Lisboa com Branca Gil de Miranda, que já era viúva de um fulano Beliago, de quem teve uma filha Maria Dias, a qual morreu sem descendência e foi casada com Diogo de Astorga Coutinho.
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3.9 - Capítulo 18º Gonçalo do Rego, o Velho
SOSA 10.784Gonçalo do Rego, o Velho veio para S. Miguel no tempo do Capitão Donatário João Rodrigues da Câmara. Era natural do Porto e veio de lá parece que já viúvo da primeira mulher e com três filhos dela (Frutuoso, Livro IV, Cap.º XXII). Segundo Frutuoso era filho de João Vaz do Rego, Fidalgo da Casa de El-Rei e cidadão do Porto (Vide Felgueiras Gaio "Nobiliário", Título "Regos", Tomo XXV, pág. 172; e Alão de Morais, "Pedatura Lusitana", Tomo IV, Vol. I, pág. 49). Há notícia de um Gonçalo Vaz do Rego que serviu em África em 1415, mas não deve ser este porque João Rodrigues da Câmara governou a Capitania de S. Miguel de 1497 a 1502. Gonçalo do Rego casou a primeira vez no Porto com Maria Baldaia, natural daquela cidade (Vide Alão de Morais, "Pedatura Lusitana", Vol. II, pág. 265) e a segunda vez com Isabel Pires.
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3.10 - Capítulo 19º Álvaro Lopes, do Vulcão
SOSA 20.550Álvaro Lopes, do Vulcão, morador junto à ermida de Nossa Senhora dos Remédios, próximo da vila da Lagoa. Veio da Madeira para S. Miguel, trazendo o navio carregado de vinhos. Após a chegada pediu terras ao Capitão Donatário João Rodrigues da Câmara, que lhe deu as terras que no termo da vila Lagoa se chamam "o vulcão", até ao mar. Ali viveu solteiro quatro ou cinco anos. Fez testamento aprovado a 17.5.1543 e aberto a 12.6.1545, no qual diz que edificou a igreja do Rosário Lagoa.
Álvaro Lopes, do Vulcão instituiu no seu testamento um vínculo para seu filho Adão Lopes e descendentes deste da linha recta masculina. É o vínculo do Vulcão que passou para os Pereiras Ataydes e constava de 3 moios de terra lavradia e 10 moios de terra de mato que rendiam líquido, em 1773, 270.600 reis. No testamento de Álvaro Lopes, do Vulcão há uma verba em que declara seus legítimos herdeiros seus filhos João Álvares, Adão Lopes, Inês Álvares, Bárbara Lopes, mulher de Amador da Costa, e (ipsis verbis) "os filhos de Gonçalo Alves, que são meus filhos, meus e de minha mulher Mécia Afonso, que Deus tem". Mécia Afonso fez com seu marido, Álvaro Lopes, do Vulcão, Escudeiro, morador na Lagoa, testamento em 21.12.1518, em que manda a enterrem na sua sepultura da igreja de Santa Cruz, junto ao altar de S. Pedro. Instituiu um vínculo para seu primeiro filho João Álvares, o qual constava de 15 alqueires de terra e vinha na Grota da Vila da Lagoa, com suas casas e foros, que em 1774 rendia líquido 118.250 reis. Mécia Afonso, estando doente em casa de seu genro João Rodrigues, Cavaleiro, na Lagoa, reformou o dito seu testamento a 20.10.1523, com aprovação no dia 22 seguinte: deixa a dita terça ao mesmo filho João Álvares, porém com menos pensões.
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3.11 - Capítulo 20º Rui Vaz de Medeiros
SOSA 37.914Rui Vaz de MedeirosUm dos primeiros povoadores da ilha de S. Miguel, para onde veio da Madeira com Rui Gonçalves da Câmara, terceiro Capitão-Donatário de S. Miguel, Era natural de Ponte de Lima ou Guimarães, e foi ter à Madeira fugido ao pai.
Recebeu de Rui Gonçalves da Câmara muitas dadas de terras de sesmaria no termo da Vila da Lagoa (Frutuoso, Livro IV, Cap.º XIX). veio para S. Miguel cerca de 1474 e depois de viúvo foi morar em Ponta Garça, junto a Nossa Senhora da Esperança, que edificou e deu ao povo para servir de paróquia. Fez testamento, de que se ignora a data, e nele deixou umas missas por alma de seu sogro, João do Porto (talvez casasse segunda vez). Com a mulher instituiu um vínculo, de que deu contas nos Resíduos, em 1559, seu neto Rui Vaz de Medeiros. Foi sepultado com a mulher numa capela que edificaram em Santa Cruz da Lagoa. Casou na Madeira, antes de 1474, com Ana Gonçalves de Mendonça, filha de Jorge de Mendonça, da ilha da Madeira, a quem Frutuoso chama Mécia no Livro IV, Cap.º XXVIII.
Nota 1 do capº 20 do RR
Houve um Rui Vaz de Medeiros que foi dos primeiros povoadores da Madeira e ali teve terras de sesmaria na Ribeira de Atabua (“Saudades da Terra”, Livro II, pág. 526, edição de Álvaro Rodrigues de Azevedo).João Agostinho Pereira de Agrela, nas suas Memórias Genealógicas, Tomo III pág. 400 verso, diz que Rui Vaz de Medeiros e sua mulher Ana Gonçalves de Mendonça tiveram, além dos filhos que Frutuoso aponta, mais Jorge Vaz de Medeiros, que morreu afogado, e uma filha freira.
Diz que Ana Gonçalves é filha de Jorge de Mendonça Furtado.Diz mais que Rui Vaz de Medeiros é filho de Vasco de Medeiros, morador em Ponte de Lima, neto de Gonçalo Roiz de Medeiros, também morador nessa Vila, no tempo de D. João I, e bisneto de Rui Gonçalves de Medeiros, partidário de D. João I, Alcaide do Castelo de Évora, como consta da Crónica de D. João I, por Fernão Lopes, Parte 1.ª, Cap.º 44.º Este dizem ser filho de Gonçalo Martins, filho, por seu turno, de Martim Sanches das Medas, de que fala o "Nobiliário" do Conde D. Pedro.
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3.12 - Capítulo 21º Lopo Anes de Araújo
SOSA 4.174Lopo Anes de Araújo, natural de Viana, veio para a ilha de S. Miguel cerca de 1506. Era morador em Vila Franca, onde foi Juiz dos Órfãos a 11.5.1522. Fundou a ermida de Nossa Senhora da Piedade em Ponta Garça (Frutuoso, Livro IV, Cap.º XXXIX). Foi a Évora com procuração do Capitão-Donatário Rui Gonçalves da Câmara e de sua mulher D. Filipa Coutinho (procuração feita a 17.4.1535) a fim de terminar uma demanda com o Mosteiro de Alcobaça (Vide "Arquivo dos Açores", Vol. III, pág. 419). Teve um dote de seu sogro de mais de 50 moios de renda. (Vide "Arquivo dos Açores, Vol. I, pág.. 339, Vol. III, pág. 425, e Vol. XII, pág. 124). Casou em S. Miguel com Guiomar Rodrigues de Medeiros.
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FICHA e PARENTESCO
3.13 - Capítulo 22º Gonçalo Moniz Barreto
SOSA 37.918Gonçalo Moniz Barreto , natural das Astúrias, veio para a ilha de S. Miguel no tempo do 4.º Capitão Donatário João Rodrigues da Câmara, cerca de 1487, e recebeu dele terras na Lagoa (Frutuoso, Livro IV, Cap.os XVI e XX).
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3.14 - Capítulo 24º Pedro Vieira da Silva
SOSA 20.548Pedro Vieira da Silva, Fidalgo da Casa Real, que veio de Portugal para a Ilha de S. Miguel por se casar em Lisboa contra a vontade do pai (Vide Cristóvão Alão Morais, “Pedatura Lusitana”, pág. 402 Vol. I, Tomo III, e Felgueiras Gaio, “Nobiliário”, Tomo XV, pág. 70). Voltou para Portugal no tempo de D. João II, que o mandou embaixador a Castela, deixando em S. Miguel os filhos já casados. Era filho bastardo legitimado de Duarte Galvão, Cronista-mor do Reino e embaixador de D. João II ao Imperador Maximiliano e ao Preste João (Nota N.º 1) (Vide D. António Caetano de Sousa, “História Genealógica da Casa Real Portuguesa”, Tomo XII, pág. 422). Deste Pedro Vieira da Silva trata Diogo Gomes de Figueiredo na obra Famílias do Reino de Portugal, Título Galvões, e Lourenço Anastácio de Mexia Galvão na sua História Genealógica da família Galvão, manuscrito, Cap.º XXXVI. Casou em Portugal, mas ignora-se o nome da mulher.
Diz Felgueiras Gaio no seu “Nobiliário”, Tomo XV, pág. 70, que Pedro Vieira da Silva era filho bastardo legitimado de Duarte Galvão, cronista-mór do Reino e embaixador de D. João II ao Imperador Maximiliano e ao Preste João, o qual por seu turno era irmão de D. João Galvão, Arcebispo de Braga (Frutuoso Livro IV, Cap.º XC). Duarte Galvão, segundo o mesmo “Nobiliário”, era filho de Rui Galvão, de Évora, Escrivão da uridade de D. Afonso V e seu embaixador a Castela, e de sua mulher Branca Gonçalves.
Pedro Vieira da Silva era, portanto, irmão de D. Violante da Silva, casou com Pedro Anes do Canto (Frutuoso Livro IV, Cap.º XC), e de António Galvão, Capitão das Ilhas Molucas e autor do “Tratado dos Descobrimentos Antigos e Modernos”, estes dois, por sua vez, filhos de Catarina da Silva, segunda mulher do 4.º Galvão (Vide “Memórias de Literatura Portuguesa”, publicadas pela Academia Real das Ciências de Lisboa, Tomo VIII, segunda edição Lisboa, 1856, pág. 277). À descendência de Rui Galvão refere-se o Dr. xxxx "Descoberta e Povoamento dos Açores”, Angra, 1949.
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3.15 - Capítulo 25º Rui Vaz Gago, do Trato
SOSA 20.548Rui Vaz Gago, do Trato, natural de Beja e filho de Lourenço Anes Gago, Fidalgo, morador em Ponta Delgada veio para S. Miguel no tempo de Rui Gonçalves da Câmara, Terceiro Capitão Donatário, que lhe deu grandes dadas de terras. Foi primeiramente morador em Vila Franca e depois nos Fenais, termo da cidade de Ponta Delgada. Era muito rico, sendo em 1587 a sua fazenda avaliada em 1.300 moios de trigo de renda anual. Fez testamento a 26.10.1493, em que vinculou a terça para seu filho primogénito, que morreu sem filhos, sucedendo-lhe a filha mais velha Beatriz Rodrigues Raposo. O seu testamento é o mais antigo da ilha de S. Miguel. Casou com Catarina Gomes Raposo, que depois de viúva casou com João do Outeiro (Frutuoso, Liv.º IV, Cap.º XII).
O testamento de Rui Vaz Gago, do Trato, foi aprovado a 26.10.1493. Nele fala em seu sobrinho Diogo Vaz e em seu cunhado Bento Gomes. Sua mulher Catarina Gomes Raposo fez testamento em Vila Franca a 27.4.1518, sendo já viúva do primeiro marido e casou com João do Outeiro, Cavaleiro de Cristo. Neste testamento deixa a sua terça vinculada a seu segundo marido e depois a sua filha (dela e dele João do Outeiro) Maria e seus descendentes, e faltando estes a seu filho Pedro Rodrigues Raposo e não tendo este filhos a sua filha Beatriz Rodrigues Raposo e seus descendentes. Fala numa sobrinha sua, Mécia Gomes, filha de seu irmão Pedro Gomes. Fez primeiro codicilo em 1520, em Vila Franca e nele fala em sua filha Isabel, mulher de Sebastião Álvares. Fez segundo codicilo em Porto de Mós, em casa de seu genro D. Gil Eanes da Costa (marido de sua filha Maria), sendo já viúva do segundo marido, que morreu em Lisboa. Os bens vinculados eram 5 moios de terra no Morro da Ribeira Grande, que depois de prolongada demanda entraram na Casa de Jácome Correia.
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3.16 - Capítulo 27º Jácome Dias Correia
SOSA 18.066Jácome Dias Correia, do Porto, de onde veio para a ilha de S. Miguel. Era irmão de Gonçalo Dias Correia como justificou a 19.2.1566 seu filho Barão Jácome Raposo. Era Escudeiro, como diz no seu testamento e tinha mais de 300 moios de trigo, quando testou nos Fenais da Luz a 14.12.1532, de mão comum com sua mulher. Fizeram 2 codicilios: um a 8.2.1538 e outro a 1.1.1540. Terceira e codicilios foram abertos por sua morte, a qual ocorreu nos Fenais da Luz a 21.11.1542. Estava cego quando fez o 1.º codicilio, tendo assinado por ele seu sobrinho António Jorge Correia.
Fez a ermida de S. Pedro nos Fenais da Luz, junto a suas casas e juntamente com a mulher fez a ermida de Nª Sr.ª das Candeias perto dos Fenais da Luz, ermida que pertence ao vínculo instituído por seu neto Aires Jácome Correia, por testamento de 5.5.1613 (Vid. "O Preto no Branco", nº 25).
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3.17 - Capítulo 29º Pedro Vaz Pacheco
SOSA 8.864Pedro Vaz Pacheco, Escudeiro de El-Rei, tendo sido morador em Vila Franca.
No seu testamento diz ser Escudeiro de El-Rei Nosso Senhor e fala em sua primeira mulher, sem a nomear, da qual diz ter tido quatro filhos.
Instituiu uma Capela, que foi a do Bom Jesus, na igreja de Nossa Senhora da Graça, no Porto Formoso com sepultura para si e seus descendentes. Ignora-se com quem casou a primeira vez, mas sabe-se que casou a segunda vez com Catarina Mendes. Ignora-se se algum dos filhos abaixo mencionados é desta 2.ª mulher.
As terras da Capela instituída por Pedro Vaz Pacheco eram 4 moios de terra que, por estarem cobertos de mato e de pedra pomes, foram emprazados por três vidas e depois por outras três vidas, sendo o primeiro emprazamento feito em 1529 pela quantia de 6.050 reis. Em 1902 eram donos deste prazo os herdeiros de António Jácome Correia, que morou nas casas da Rua de S. João de Ponta Delgada, que posteriormente pertenceram ao Dr. Mariano Machado e onde funcionou a Escola Industrial.
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3.18 - Capítulo 31º João Vaz Feio, o das Virtudes
SOSA 17.804João Vaz Feio, o das Virtudes, João Vaz Feio ou Faleiro ou Melão, ou mais propriamente, João Vaz o das Virtudes, natural da Covilhã, donde foi para a Ilha da Madeira e daqui para a Ilha de Santa Maria, onde el-rei D. Manuel lhe deu terras por ele o curar de uma doença. Em 18.10.1554, foi testemunha do testamento de Duarte Nunes Velho. Frutuoso refere-se-lhe no Livro III das Saudades da Terra, Capítulo II e III; IX e XI, e no Livro IV, Cap.º XXXII e XXXIII. Casou na Ilha da Madeira com Estevazinha Vicente da geração dos Cogumbreiros.
Alguns genealogistas apresentam João Vaz Feio ou Faleiro ou Melão, como filho de Vasco Faleiro, neto de Estácio Faleiro, a quem el-rei D. Fernando deu a Alcaidaria-mor de Serpa a 22.5.1369 (1407 da era de César) (Vide Crónica de D. João I, Livro I) e bisneto de Domingos Vicente Faleiro que vivia em Lisboa em 1330 e foi o primeiro que usou deste apelido em Portugal que alguns de seus descendentes alteraram para Feio (Vide «História Genealógica» Tomo 4.º fls. 255, manuscrito existente na Biblioteca Pública de PD.). Não há porém a certeza de João Vaz o das Virtudes ser filho de Vasco Faleiro, talvez fosse somente filho adoptivo e protegido (Vide Frutuoso Livro IV, Cap.º XXXII). O Dr. Manuel Monteiro Velho Arruda, considera que Frutuoso confundiu João Vaz o das Virtudes, com seu filho João Vaz Feio e assim entende que Genebra Anes ou Pires foi a mulher deste último e não de João Vaz o das Virtudes (como pretende Frutuoso no Cap.º XXXII do Livro IV) e por conseguinte mãe de Sebastião Vaz Faleiro.
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3.19 - Capítulo 33º Fernão Velho
SOSA 151.642Fernão Velho, Cavaleiro da Ordem de Santiago, Alcaide-mor e Senhor de juro e herdade do castelo e terra de Valeda, em Portugal, senhor do Souto da Mercê. Era filho de Gonçalo Velho, o Contador ou Gonçalo Anes Velho (legitimado pelo Rei D. Dinis a 10.12.1299, segundo a Crónica de D. Dinis, Livro III, fls. 7 v.º e filho bastardo de João Velho de Santa Logriça) e de sua mulher Margarida Anes de Urró. Casou em Portugal com Maria Álvares Cabral, filha de Álvaro Gil Cabral, Alcaide-mor e Senhor da Guarda, Senhor de Azurara, Valhelhas, etc. e de sua mulher Fulana de Figueiredo filha e herdeira de Diogo Afonso de Figueiredo.
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3.20 - Capítulo 39º Afonso Rodrigues Pavão
SOSA 35.842Afonso Rodrigues Pavão, alemão, um dos primeiros povoadores da Ilha de São Miguel, tendo-se fixado em Água de Pau. Veio casado com F..., natural de Aragão (Vide Frutuoso, Livro IV, Cap.º XXIX).
Segundo Ilana Koheler que tem pesquisado a família Pavão há vários anos, Afonso Rodrigues Pavão de nome original Afonso Roiz de Pauw era na verdade flamengo e que terá nascido por volta de 1395 em Gent, na Flandres.
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3.21 - Capítulo 43º Pedro Álvares das Cortes
SOSA 8.870Pedro Álvares das Cortes , cavaleiro do hábito de Santiago, natural de Óbidos; veio para a Ilha de S. Miguel, e foi morador na Fajã, junto a Nossa Senhora dos Anjos, onde tinha sua fazenda e também na cidade de Ponta Delgada, onde tinha suas casas (Vide Frutuoso, Livro IV Cap.º XXVII). Casou com Leonor Álvares de Benevides.
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3.22 - Capítulo 45º Fernão Anes Tavares
SOSA 28.222Fernão Anes Tavares No Livro 4º Capº XV da obra Saudades da Terra está:
DA PROGÉNIA DOS TAVARES, NOBRES FIDALGOS QUE VIERAM A POVOAR ESTAILHA QUASE NO PRINCÍPIO DE SEU DESCOBRIMENTO do qual fazemos aqui um resumo:
No princípio da povoação desta ilha, sendo terceiro Capitão dela Rui Gonçalves da Câmara, primeiro do nome e filho segundo do primeiro Capitão da ilha da Madeira João Gonçalves Zargo, veio dela um Fernão de Ãnes Tavares, que era primo-irmão de Simão de Sousa Tavares, filhos de dois irmãos, naturais de Portalegre.
Este Simão de Sousa Tavares foi alcaide-mor de Aveiro, homem muito discreto, de que por suas boas partes el-Rei D. Manuel e D. João, terceiro do nome, faziam muita conta; o qual depois de viúvo se fez frade capucho, deixando o mundo e largando o morgado a um filho que tinha, por nome D. Francisco Tavares de Sousa, e a alcaidaria-mor, que o dito D. Francisco serviu e não sei se ainda agora serve.
Quando começou a reinar D. João, terceiro do nome, tinha Fernão Tavares, pai de Fernão de Ãnes Tavares, dois irmãos, chamados um e outro João Tavares; e, sendo criados do Infante D. Fernando, moços fidalgos de sua casa, os chamava o dito Infante para falar com eles, o que lhe relevava, e às vezes mandando chamar a um, vinha o outro, por serem ambos de um nome; pelo que disse ao mais velho: — já que vos chamais João Tavares, como vosso irmão, para que conheça qual de vós outros mando chamar, vos dou cargo da copa e vos faço meu copeiro-mor. E daí por diante dizia: — chamem cá o João Tavares da Copa, que lhe ficou por apelido. E os filhos e netos dele que chamavam Tavares da Copa, eram nobres fidalgos em Aveiro, alguns dos quais foram ao descobrimento da Índia e lá morreram com muita honra e bom nome em serviço de el-Rei.
Houve em Portalegre grandes diferenças e bandos entre duas gerações, Tavares e outra a que não soube o nome, sobre uma mulher fidalga e muito rica, da geração dos Tavares, que foi tirada falsamente de casa de seu pai e contra vontade de todos seus parentes; e por força a fizeram casar com um filho do fidalgo que a tirou, que era muito pobre e de menos valia que o pai da moça; onde se mataram sete ou oito pessoas e feriram mais de trinta.
E porque o dito Fernão de Ãnes Tavares era irmão do pai da moça, foi culpado na morte destes homens, que também eram pessoas de muita qualidade e muito aparentados, e se absentou como outros parentes para diversas partes.
Ele foi para a ilha da Madeira, onde casou com Isabel Gonçalves de Morais, mulher nobre, natural da dita ilha, das principais dela; com que sabendo quem ele era, lhe deram bom dote; e daí veio ter com o dito Capitão Rui Gonçalves da Câmara, que comprou esta ilha, para ela, com grande família, que o servia; onde, pelo não conhecerem que era Tavares, se chamou Fernão de Ãnes, somente, por serem os Tavares buscados e mandados por el-Rei prender; e achando alguns destes, que sabiam haver fugido de Portalegre, faziam justiça neles, porque traziam seus contrários solícitos requerimentos na corte; e pela mesma razão foi Fernão de Ãnes Tavares morar à Ribeira Seca, termo da Ribeira Grande, que ainda não era vila, por ser sertão apartado do porto do mar, por não ser conhecido, onde teve suas fazendas e casas, que agora possuem seus descendentes.
[Fernão Anes Tavares] houve de sua mulher quatro filhos:
João Tavares, Rui Tavares, Henrique Tavares e Gonçalo Tavares;
e três filhas: Guiomar Fernandes Tavares, Filipa Tavares e Ana Tavares.
E como erageneroso, não curava de adquirir tanto para guardar, quanto para gastar, que segundo era aceito ao Capitão, por saber secretamente quem ele era e ver nele partes para isso, seus descendentes foram os mais ricos de toda a ilha; mas ele não procurava muito para si, nem descobria a ninguém quem era, ainda que suas obras mostravam sua nobreza e fidalguia.
João Tavares, primeiro filho de Fernão de Anes Tavares, faleceu em África, mancebo solteiro, sendo discreto e bom cavaleiro, a quem o Capitão queria muito.
O segundo filho, Rui Tavares, mandou também seu pai a África servir el-Rei em Arzila e Tânger, donde veio feito cavaleiro por estromento e alvará do mesmo Rei; grande cavaleiro e judicial; e casou nesta ilha com Lianor Afonso, filha de Francisqueanes, muito rico,contra vontade de seu pai, que era mulher muito de esmolas, de nobre condição, pelo que, para o contentar, foi necessário dar-lhe muita fazenda e com o grande dote viveu sempre muito rico na vila da Ribeira Grande, com muita família de escravos e criados, onde faleceu; e houve de sua mulher sete filhos e quatro filhas.
O terceiro filho de Fernão de Anes Tavares, chamado Henrique Tavares, bom cavalgador e benfeitor na República e feito cavaleiro em África, andando lá servindo a el-Rei, casou na vila da Ribeira Grande com Isabel do Monte, filha de João de Piamonte e de Leonor Dias, donde procedem os Montes, nobres cavaleiros de África, onde estiveram servindo a el-Rei; da qual teve oito filhos e três filhas.
O quarto filho de Fernão de Anes Tavares, chamado Gonçalo Tavares, muito discreto, e bom cavalgador, amigo de concertos, e de muita virtude, foi servir el-Rei à África, à sua custa, no ano de mil e quinhentos e oito, com seus irmãos, Rui Tavares, e Henrique Tavares e outros homens nobres desta ilha, em companhia de Rui Gonçalves da Câmara, quinto Capitão desta ilha, segundo do nome, onde foram armados cavaleiros, e entre eles o dito Gonçalo Tavares, que no dito ano de mil e quinhentos e oito, aos nove do mês de Março, saiu de Arzila com o conde D. Vasco Coutinho, capitão e governador da dita vila de Arzila, em uma entrada que fez ao campo de Benacultate, em que se tomaram vinte e cinco mouros e mouras e muitos bois e vacas e outro muito despojo; e pelas coisas que fez em armas o dito Gonçalo Tavares, o fez então cavaleiro o dito conde; além de se achar também Gonçalo Tavares em outras cavalgadas e entradas, entre as quais foi uma nas aldeias d’Antemud, em que se tomaram cento e oito mouros e mouras, e muito outro despojo.Casou o dito Gonçalo Tavares, nesta ilha, em Vila Franca do Campo, com Isabel Correia, filha de Martinhanes Furtado de Sousa e de Solanda Lopes, da qual, afora os falecidos, houve oito filhos e duas filhas:
A primeira filha de Fernão de Ãnes Tavares, chamada Guiomar Fernandes Tavares, casou com Rui Lopes Barbosa, homem fidalgo, e dele houve os filhos ditos na geração dos Barbosas e Silvas.
A segunda filha do dito Fernão de Anes, por nome Filipa Tavares, foi casada com Luís Pires Cabêa, homem muito honrado, e houve dele três filhos.
A terceira filha de Fernão de Anes Tavares, chamada Ana Tavares, foi em seu tempo a mais formosa mulher que da banda do norte nasceu, pelo que em sua mocidade lhe chamavam todos Estrela do Norte, a qual casou com António Carneiro, cidadão da cidade do Porto, primo com-irmão do secretário António Carneiro, pai de Pero d’Alcáçova, também secretário de el-Rei. Era este António Carneiro, marido de Ana Tavares, muito honrado, latino e discreto, e tinha menos um olho, que lhe quebraram em um jogo de canas; teve de sua mulher cinco filhos e duas filhas.
Estes três irmãos, Rui Tavares, Henrique Tavares e Gonçalo Tavares, tiraram seus brasões, que têm dos Tavares de Portalegre, de bons fidalgos, por serem filhos legítimos de Fernão de Anes Tavares, e netos de Fernão Tavares, de Portalegre, que foi do tronco da geração dos Tavares; cujas armas são estas: um escudo com o campo de ouro com cinco estrelas de vermelho em aspa e por diferença têm alguns uma flor de liz azul e outros outras divisas; elmo de prata aberto, guarnecido de ouro; paquife de ouro e de vermelho e por timbre um pescoço de cavalo vermelho, com a brida e guarnição de ouro, com falsas redes (sic).
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3.23 - Capítulo 49º Diogo de Oliveira Vasconcelos
SOSA 22.224Diogo de Oliveira VasconcelosSegundo Frutuoso, Diogo era filho de Martim de Oliveira de Vasconcelos e de Teresa Velho, irmã de Frei Gonçalo Velho e que com seus pais viera de Portugal para esta Ilha de S. Miguel, de Beja, já casado (Vide Frutuoso, Livro IV Cap.º XXX).
Contudo pode muito bem ser que este Diogo de Oliveira de Vasconcelos, seja o Diogo de Vasconcelos, escudeiro, legitimado por El-rei D. Manuel, cuja carta está publicada no Arquivo dos Açores, Vol.º V, pág.105, com data de 3.7.1504, em que se diz ser ele filho natural de Martim de Oliveira, capitão de Arzila, onde foi armado cavaleiro e confirmado por carta do Rei D. Manuel (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Manuel, Livro IX, fls. 50 v.º), onde se diz ser Martim de Oliveira filho de Rui de Oliveira, criado da casa do Infante D. Fernando. A mãe do dito Diogo de Vasconcelos é Catarina Afonso, mulher solteira. Esta filiação é que deve ser a exacta pois da parte de Frutuoso houve certamente confusão, dando Diogo de Oliveira de Vasconcelos como filho de uma irmã de Frei Gonçalo Velho, aliás homónima da que foi mãe do capitão donatário João Soares de Albergaria. Diogo de Oliveira de Vasconcelos, segundo Frutuoso veio de Beja casou com Maria Esteves, filha de Afonso Velho, da geração dos Velhos.
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3.24 - Capítulo 52º João Rodrigues Cavão
SOSA 20.546João Rodrigues Cavão
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3.25 - Capítulo 54º João Gonçalves Albernaz, o Tangedor
SOSA 20.546João Gonçalves Albernaz, o Tangedor, natural de Biscaia, a quem nesta Ilha de S. Miguel mudaram o apelido, chamando-lhe Tangedor. por ser grande músico e tanger bem viola. (Vide Frutuoso Livro IV Caps.º XVII e XLIII). Era criado do marquês de Vila Real e acompanhou-o muitos anos em África, à sua custa, com armas, cavalo e criados que seu pai lhe mandou de Biscaia. Foi o 1.º vereador em Ponta Delgada em 1499, quando foi feita Vila e morreu em 1516, deixando 20 alqueires de terra ao altar de Nossa Senhora do Rosário da Matriz de Ponta Delgada para lhe dizerem uma missa cantada todas as terças-feiras. A 9.12.1516 fez sua mulher inventário. Casou com Catarina Enes. (Vide Frutuoso Livro IV, Cap.º LXIII, § 5.º).
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3.26 - Capítulo 76º Pedro Vaz Marinheiro
SOSA 22.220Pedro Vaz Marinheiro, assim chamado por mandar construir á sua custa naus e navios aqui na ilha de S. Miguel (vide Frutuoso Livro IV Cap.º 31.º). Morava na Praça da cidade de Ponta Delgada, defronte da cadeia. Por testamento de 15.5.1534 instituiu um vínculo de que já em 1553 se tomaram consta nos resíduos e de que foram administradores os descendentes de seu filho Diogo Vaz até Catarina Martins, mulher de João Álvares. Deixou bens á Misericórdia de Ponta Delgada. Ignora-se com quem casou.
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3.27 - Capítulo 78º Rodrigo Anes da Costa Cogumbreiro
SOSA 35.600Rodrigo Anes da Costa Cogumbreiro, pertencia à Casa do Infante D. Henriques e morador na Raposeira do Algarve (Vide Frutuoso Livro IV Cap.º VI). Deve ser o tronco desta família nos Açores, como consta da carta de brasão de armas concedida a seu neto Pedro Afonso Cogumbreiro em 2.12.1536. Os filhos vieram do Algarve para a Madeira onde moraram no Caniço e daqui vieram para a Ilha de S. Miguel instalando-se em Ponta Garça e em Vila Franca do campo. Ignora-se com quem casou.
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3.28 - Capítulo 79º Rodrigo Afonso
SOSA 8.970Rodrigo Afonso, veio para a Ilha de S. Miguel onde teve uma dada de 15 moios de terra em Rabo de Peixe (Vid. Frutuoso, Livro IV Cap.º XX). Dotou a filha Branca Rodrigues para casar, antes de 1492 (Vid. Arquivo dos Açores, Vol. XIII, pág. 344).
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3.29 - Capítulo 84º Ambrósio de Fontes
SOSA 4.474Ambrósio de Fontes, Ambrósio de Fontes, morador na S. Pedro da Ribeira Grande, homem rico. Em 14.9.1573 foi padrinho do casamento de Manuel de Fontes, filho de Sebastião Pires e de Francisca de Fontes (talvez sua irmã); a 11.5.1597 foi padrinho na Ribeira Seca do baptizado de Sebastião, filho de uma escrava de João Rodrigues Moniz Ainda era vivo a 30.4.1600, como se vê do livro 2.º de casamentos da Matriz da Ribeira Grande, a fls. 68 v.º.
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3.30 - Capítulo 85º Martim Anes Furtado de Sousa
SOSA 18.064Martim Anes Furtado de Sousa
Gaspar Frutuoso em Saudades da Terra diz expressamente " .. o qual era fidalgo, rico e honrado, dos principais da ilha da Madeira, da geração dos Furtados, Correias e Sousas, que se mudaram para a Graciosa ..".
Veio da Ilha da Madeira para a Ilha de S. Miguel no tempo do capitão donatário Rui Gonçalves da Câmara primeiro do nome. Foi morador em Vila Franca e fez testamento aprovado a 8.7.1548 em que da sua terça instituiu um vínculo para seu neto André da Ponte de Sousa (Vide Frutuoso Livro IV Cap.º XVI). Casou com Solanda Lopes, que procedia de flamengos, moradores na Madeira e vem citada no codicilo de 5.11.1493 da Capitoa D. Maria de Bettencourt (mulher do dito capitão donatário Rui Gonçalves da Câmara), que lhe deixa 10 mil réis (Vide Arquivo Histórico da Madeira, Vol. 3.º N.º 1, pág. 62).
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3.31 - Capítulo 86º Vasco Anes
SOSA 4.228 Vasco Anes3.32 - Capítulo 89º João Dias de Carvalho, ou Caridade
SOSA 18.064João Dias de Carvalho, ou Caridade, escudeiro; fez a ermida da Piedade nos Arrifes, junto da qual morava. Instituiu por testamento de 11.9.1530 um vínculo em terras nos Arrifes, cujo último administrador foi Nicolau Maria Raposo de Amaral. O seu testamento foi competente e autenticamente reformado em 8.2.1702, quando existia nos Resíduos (Vid. Preto no Branco, pág. 195). Manda que o enterrem na capela da Conceição do Convento dos Franciscanos de Ponta Delgada (Vid. Frutuoso Livro IV Cap.º 27.º).
O testamento de João Dias de Carvalho ou Caridade, em que instituiu o vínculo e capela de Senhora da Piedade nos Arrifes, junta á ermida dessa invocação, que ele edificara, está no processo N.º 627 dos Legados Pios de Ponta Delgada. Nesse testamento fala o testador nos seus filhos Pedro Dias de Carvalho, que nomeia seu testamenteiro, em Manuel Dias, em Sebastião Dias que foi para Portugal e em sua filha Maria Dias, já falecida. Deram contas deste vínculo: o testamenteiro Pedro Dias de Carvalho até 1555; depois, de 1574 a 1595 Roque Dias de Carvalho, como administrador e testamenteiro de seu avô o testador João Dias de Carvalho; em 1596 João Álvares Rodovalho fazem protesto para não o prejudicar não ter dado contas seu sogro Roque Dias de Carvalho; em 1602 dá contas Gaspar Correia Rodovalho, genro de Roque Dias de Carvalho, o qual em 1605, nuns embargos à conta diz que o dito seu sogro Roque Dias de Carvalho ainda é vivo, tem mais de 80 anos e não sei de casa pela sua muita idade; em 1619 dá contas Maria de Carvalho, dona viúva de Gaspar Correia Rodovalho, representada por Francisco Correia Rodovalho; seu procurador. Em 1644 dá contas António Pereira de Carvalho; em 1646 este já era falecido e dão contas os rendeiros da terra vinculada; em 1646 deu contas Diogo Machado, por seu irmão João Pereira de Carvalho, novo administrador, o qual João Pereira dá contas até 1662; em 1664 Miguel de Morais novo administrador (naturalmente por seu neto Miguel de Frias Pereira); em 1671, Miguel de Frias Pereira, morador na Ribeira Grande até 1702; em 1709 Manuel de Fria Pereira; em 1711 o capitão Manuel de Frias Coutinho (que deve ser o mesmo) até 1756; em 1759 o padre José Pereira de Mendonça, filho do capitão Manuel de Frias Coutinho; em 1773 Maria de Frias, irmã do Padre José Pereira de Mendonça, da Ribeira Grande, até 1791; em 1793 Francisca de Frias, falecida, por ser testamenteiro Francisco de Arruda Leite; em Dezembro de 1793, Nicolau Maria Raposo de Amaral, novo administrador, que se habilitou á sucessão do vínculo, como descendente que era de Isabel Pereira de Melo.
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3.33 - Capítulo 95º João Rodrigues de Sousa
SOSA 18.058João Rodrigues de Sousa, feitor ou recebedor de El-Rei, a quem Frutuoso se refere algum tanto misteriosamente no Livro IV, Cap.º VII in fine e também em outros capítulos do mesmo livro.
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3.34 - Capítulo 96º João Afonso Moreno
SOSA 43.814João Afonso Moreno, de Vila Franca, a quem Frutuoso se refere no Livro IV Cap.º LXIII. Foi morador na Rua do Valverde em Ponta Delgada e é citado no testamento da filha Marquesa Afonso. Casou com Maria Anes ou Mor Anes, que Frutuoso diz ter morrido de 108 anos e que teve 30 filhos, netos, bisnetos e trisnetos. Maria Anes ou Mor Anes instituiu vínculo por testamento a 25.4.1520, o qual deixou ao filho Marcos Afonso; este vínculo em 1836 passou a ser administrado pelo seu descendente, capitão José Velho de Melo Cabral.
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3.35 - Capítulo 98º Lopo Velho
SOSA 43.814Lopo Velho, sobrinho de Frei Gonçalo Velho Cabral, irmão natural ou primo de Pedro Velho e Nuno Velho Cabral (Vid. Frutuoso Livro IV Cap.º III § 64). Viveu nos Remédios da Lagoa com Pedro Velho, e depois na Ribeira Grande, na Rua das Pedras. Casou na Ilha da Madeira mas ignora-se o nome da mulher.
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3.36 - Capítulo 101º Jácome de Póvoas Privado
SOSA 43.814Jácome de Póvoas Privado , mercador que veio a esta Ilha de São Miguel e foi morador em Ponta Delgada. Assinou um termo de arrematação do Pastel a 21.2.1550. (Vid. Frutuoso Livro IV Cap.º XXVII § XVI e Cap.º XXXVI § XL). Casou com Lucrécia de Resendes. Jácome de Póvoas Privado era filho de Rui de Póvoas, morador na cidade do Porto, e neto de Fernão Anes de Póvoas e Aldonsa Rodrigues Privado, moradores na sua quinta do Real, termo da Viola de Barcelos.
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3.37 - Capítulo 102º Vasco Vicente Raposo
SOSA 4.488Vasco Vicente Raposo, Veio para a Ilha de S. Miguel. Aí foi morador em Água de Pau (Vid. Frutuoso Livro IV Cap.º III e VIII).
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3.38 - Capítulo 103º Jorge Velho
SOSA 17.956Jorge Velho, segundo Frutuoso, era sobrinho de Rei de Fez e que vindo visitar o Infante D. Henrique no Cabo de S. Vicente, este o presidiu a baptizar-se, sendo o seu padrinho Gonçalo Velho, de quem tomou a apelido e com quem veio para os Açores, (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º VIII).
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3.39 - Capítulo 104º João Gonçalves Caldeira
SOSA 14.104João Gonçalves Caldeira, natural do Porto. Veio para S. Miguel e em 1557 já sua mulher era viúva, ou melhor já é dada como viúva a 17.1.1542 (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º XXV). Sua mulher Beatriz Pires por escritura de 22.1.1564 doou certa terra na Ribeira Grande a seu filho Pedro Afonso Caldeira. Beatriz Pires a 17.1.1542 já era viúva e morava na Lomba da Ribeira Seca, como consta de uma escritura. Morreu a 20.1.1569 na freguesia Matriz da Ribeira Grande, tendo feito testamento a 9 do mesmo mês e ano, em que instituiu vínculo que foi última administradora Maria Guilhermina Brum do Canto.
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3.40 - Capítulo 124º Pedro da Ponte, o Velho
SOSA 9.030Pedro da Ponte, o Velho, de Vila Franca, que Frutuoso trata no Cap.º XVI do Liv.º IV.No Cap.º VI do mesmo Liv. IV, § 10.º Frutuoso diz que Pedro da Ponte, o Velho é filho de Mor da Ponte que casou com um filho de João Anes da Costa e ela Mor da Ponte, filha de Elvira Marques.
Diz o Dr. Ernesto do Canto, que os ascendentes deste Pedro da Ponte estão a páginas 320 e seguintes do Tomo XIII da História Genealógica manuscrita existente na Biblioteca Pública de Ponta Delgada.
Pedro da Ponte, o Velho fez testamento aprovado a 8.6.1548, instituindo vínculo da sua terça para o filho André da Ponte.
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3.41 - Capítulo 127º João de Aveiro
SOSA 16.690João de Aveiro, morador na Ribeira Grande, onde foi escrivão dos Órfãos e também escrivão do Memposteiro dos Cativos, bem como seu filho Manuel Martins (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º LXV § 11). Assistiu à cerimónia de elevação da Ribeira Grande a Vila, em 3.4.1508, criada por carta de D. Manuel de 1507.
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3.42 - Capítulo 129º Gaspar Afonso de Coucelos
SOSA 15.670Gaspar Afonso Coucelos, da Lagoa, que vinculou por testamento aprovado a 16.6.1592
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3.43 - Capítulo 131º Fernão Afonso de Paiva
SOSA 16.642Fernão Afonso de Paiva
Veio para S. Miguel no tempo do Capitão Donatário João Rodrigues da Câmara. Veio primeiramente para a Madeira por causa de um assassinato (Vid. Frutuoso, Liv.º IV, Cap.º XXV, § IX, X, XI). Foi morador na Ribeira Grande tendo casado na Madeira. Também se chamou Fernão de Paiva e Fernão Afonso.
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3.44 - Capítulo 133º Luís Fernandes da Costa
SOSA 10.276Luís Fernandes da Costa, veio da Madeira para a Terceira, onde foi Ouvidor do Capitão Donatário da Praia, e de lá veio para S. Miguel, fazendo acento na Maia, onde o Capitão Donatário João Rodrigues da Câmara lhe deu umas lombas que se ficaram chamando dos Costas (Vid. Frutuoso, Liv.º IV, Cap.º XXVI § I e também o Arquivo dos Açores, Vol. V, pág. 166). Frutuoso diz que este Luís Fernandes da Costa morreu na subversão de Vila Franca (Liv.º IV, Cap.º LXXI).
Luís Fernandes da Costa e sua mulher, fizeram uma instituição vincular de que se prestavam contas no processo n.º 735 dos Legados Pios de Ponta Delgada; mas essas contas só começam em 1603, sendo citados para elas Clemente Furtado; em 1607 Gregório Moreno por seu pai Clemente Furtado; em 1609 Manuel Furtado da Costa, por seu pai Clemente Furtado; em 1612 Manuel Furtado da Costa, lavrador; em 1624 Sebastião de Macedo, novo administrador, morador em Vila Franca.
Duvida-se quem seja este Luís Fernandes da Costa, instituidor, se o pai que veio do Continente para esta Ilha de S. Miguel ou se o filho do mesmo nome casado com Isabel Furtado. Do brasão de armas de Manuel da Costa Homem, consta ser Luís Fernandes da Costa primeiro do nome que veio para esta ilha, filho de Diogo Fernandes da Costa Homem que era filho de João Fernandes da Costa, irmão de D. João da Costa, Bispo de Lamego e Prior de Santa Cruz de Coimbra, e de sua mulher Filipa Nunes Homem, filha esta de Nuno Gonçalves Homem, senhor da Lageosa de Paços e de Sergueirós. (Vid. A carta de brasão do filho Baltazar da Costa a pág. 98 do Arquivo Heráldico e Genealógico de Sanches de Baena).
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3.45 - Capítulo 134º Francisco Fernandes, o Castelhano
SOSA 18.384Francisco Fernandes, o Castelhano , foi escudeiro e era natural de Sevilha, sendo o seu nome todo Francisco Fernandes Pincho, segundo o genealogista Agostinho de Barros Lobo. Veio por 1500 e tantos para esta ilha de S. Miguel, onde fez testamento com sua mulher a 9.7.1544, sendo morador em S. Pedro de Ponta Delgada; foram sepultados na igreja da mesma freguesia junto ao cruzeiro. Frutuoso cita-o algumas vezes como se pode ver no início do Liv.º IV das Saudades da Terra. Casou com Maria Fernandes, que, segundo se diz, foi sambanitada em Sevilha pelo que deve ser por ela que se transmitiu a ascendência de cristãos novos aos seus descendentes, entre eles, Gaspar Dias e os filhos de António Mendes Pereira.
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3.46 - Capítulo 135º Afonso Álvares de Benevides
SOSA 17.742Afonso Álvares de Benevides, descendente dos Marqueses de Fromista, diz Frutuoso, mas é Marqueses de Flomesta em Castela (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º XXVII). Veio a esta Ilha no tempo do capitão João Rodrigues da Câmara, de Aljezur, no Algarve, já casado.
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3.47 - Capítulo 137º João de Piemonte
SOSA 17.742João de Piemonte, mercador que veio para S. Miguel (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º XV § XIX e Cap.º XXXVI § VII). Casou em Portugal com Leonor Dias, natural do Algarve.
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3.48 - Capítulo 138º João de Albernaz
SOSA 10.278João de Albernaz, veio do Faial para a Ilha de S. Miguel já viúvo da 1.ª mulher (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º XXXVI § I a VI). Ignora-se com quem casou a 1.ª vez.
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3.49 - Capítulo 139º João Afonso, das Grotas Fundas
SOSA 18.048João Afonso, das Grotas Fundas, 1.º desta família que veio para S. Miguel; fez testamento a 26.11.1511, em que vinculou, transcrito no Arquivo dos Açores Vol. XII pag.ª 100. A mulher instituiu uma capela que por escritura de 27.10.1608, seu bisneto Sebastião da Costa Columbreiro trespassou a Gaspar Manuel da Costa.
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3.50 - Capítulo 145º Manuel Domingues
SOSA 18.050Manuel Domingues
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3.51 - Capítulo 147 Gregório Rodrigues Teixeira
SOSA 16.644Gregório Rodrigues Teixeira, que veio da Madeira para S. Miguel no tempo do capitão donatário Rui Gonçalves da Câmara, pouco antes de 1522, foi morador na Ribeira Grande (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º XXXIII) e veio casado da Madeira com Isabel Afonso.
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3.52 - Capítulo 148º Pedro Esteves da Rocha Machado
SOSA 35.840Pedro Esteves da Rocha Machado, Segundo Gaspar Frutuoso (Livº IV Capº XXV), Pedro Esteves veio para a ilha da Madeira e de lá para S. Miguel por ter cometido um homícidio.Morou na Praia, junto a Vila Franca (Vid. Frutuosos, Liv.º IV Cap.º XXV, e nobiliário de famílias de Portugal por Felgueiras Gaio, titulo Rochas, Tomo IX pág. 155). Ignora-se com quem casou.
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3.53 - Capítulo 151º Jorge Roiz Cernando
SOSA 4.740Jorge Roiz Cernando, morador em S. Pedro da Ribeira Grande e vinculou juntamente com a segunda mulher um testamento em 1.8.1596 para o filho Pedro Roiz Homem. (Vide Frutuoso Livro IV Cap.º XXXIII § XV). Jorge Roiz Cernando deve ser parente de João Roiz Cernando que casou com Ana Dias (Cap.º CXLVII § 3.º, N.º 3).
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3.54 - Capítulo 152º Bartolomeu Rodrigues
SOSA 16.928Bartolomeu Rodrigues, (Vid. § 1.º do Cap.º LXI do Liv.º IV das Saudades da Terra) era irmão de Beatriz Rodrigues que casou com Pedro Afonso.Foi vereador na 1.ª eleição da Câmara de Ponta Delgada e de quem Frutuoso fala no Cap.º XLIII do Liv.º IV (Nota N.º 1).
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3.55 - Capítulo 158º Rodrigo Álvares
SOSA 4.740Rodrigo Álvares
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3.56 - Capítulo 162º Lopo Dias Homem
SOSA 37.928Lopo Dias Homem, a quem Frutuoso se refere no Liv.º 4.º Cap.º XLV, dizendo ter ele dado o nome á ribeira de Lopo Dias, que fica além da Maia e junto da qual morreu; diz o mesmo autor no mesmo capítulo que este Lopo Dias é avô de outro do mesmo nome.
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3.57 - Capítulo 163º Estêvão Martins
SOSA 16.646Estêvão Martins,, em 1507, contratou com outros a construção da igreja Matriz da Ribeira Grande onde ele era morador (Vid. Frutuoso Liv.º 4.º Cap.º XXXIII § II). Frutuoso diz que era da casta dos Martins.
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3.58 - Capítulo 164º Cristóvão Martins
SOSA 18.958Cristóvão, natural de Xerez, na Espanha, donde veio para esta Ilha de S. Miguel e foi morador em Rabo de Peixe. (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º XIX § XXII e Cap.º XX § 2.º e XXIV).
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3.59 - Capítulo 166º João Lopes, dos Mosteiros
SOSA 11.114João Lopes, dos Mosteiros, homem de muitas forças, assim como os filhos e a filha (Vid. Frutuoso Liv.º IV Cap.º VIII e Cap.º III § LVII e Cap.º XVIII § XIV). Ignora-se com quem casou, mas consta serem seus os filhos listados.
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3.60 - Capítulo 167º Daniel Fernandes
SOSA 19.164Daniel Fernandes, de Água de Pau, escrivão em Ponta Delgada. Já o era em 1536, data em que aprovou o testamento de Constança Afonso, e ainda o era em 1543. O nome da mulher consta de uma certidão de uma verba das partilhas feitas por sua morte donde também constam os filhos Sebastião e Francisco.
A folhas 213 do Livro do Tombo do Convento da Esperança de Ponta Delgada (começado em 1701) está a certidão de uma verba das partilhas que se fizeram por morte de Daniel Fernandes e de sua mulher Constança Gonçalves, moradores que foram em Ponta Delgada, donde consta que primeiro morreu Constança Gonçalves, sendo inventariante o marido, e depois, morto este, fez-se inventário e partilhas entre os seus filhos e netos, sendo inventariante seu filho Francisco Daniel, e o foro a que respeita a certidão foi dado nessas partilhas no quinhão dos filhos de Sebastião Daniel. No primeiro inventário descreveu-se uma terra de 34 alq. na Quinta do Conde em Agua de Pau, que confronta com Rui Vieira e com terras que foram dos Geraldos. No segundo inventário, por morte de Daniel Fernandes, metade dessa terra coube ao quinhão de Eva Daniel, filha dos Defuntos inventariados. A certidão foi passada em Ponta Delgada a 6.4.1593 pelo juiz dos órfãos António Pereira. Á margem diz: Certidão de Partilha do inventário de Daniel Fernandes de Sousa - terra que coube a Eva Daniel de Agua de Pau.>br>A 4.9.1543 na Vila de Ponta Delgada nas casas de Daniel Fernandes, tabelião, este e sua mulher Constança Gonçalves aforaram a Adão Lopes, escudeiro, morador em Rabo de Peixe, uma terra na Lagoa, na Quinta do Conde que ele Daniel Fernandes herdou de seus pares (cujos nomes não diz) e que confronta com seu cunhado Gonçalo Vaz (talvez o sogro de João de Oliveira), e com Gonçalo Afonso Giraldo, sogro de Diogo de Oliveira.
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