- Born about 1389
- Deceased
Parents
Gonçalo PERES ca 1350-1424
María ANES
Spouses and children
- With
Filipa DE AZEVEDO with
Notes
Individual Note
Vedor de fazenda, título que era destinado obligarotiamente a ciudadanos nobles o que fuesen provenientes de familias nobles.
Foi um estadista, militar e diplomata português do século XV, referido por vários autores como sendo um dos Doze de Inglaterra. (Os Doze de Inglaterra é o nome atribuído a uma história semi-lendária/semi-factual que valoriza a conduta da Honra e o comportamento de acordo com o Ideal cavaleiresco praticado pelos portugueses da Idade Média, que é referida nos Lusíadas por Luís Vaz de Camões, logo no canto I e mais à frente depois aí contada no canto VI[1] pela voz de um marinheiro chamado "Fernão Veloso"[2], e que terá acontecido no reinado de D. João I de Portugal junto das cortes de Ricardo II de Inglaterra.).
Juntamente com seu irmão, Pedro Gonçalves Malafaia, esteve na conquista de Ceuta em 1415, sendo um dos cerca de 160 fidalgos que acompanharam D. João I e os Infantes na expedição à cidade.
Regressou a Ceuta em 1419, para tomar parte da expedição de socorro à praça - então cercada por forças do sultão de Marrocos, Abuçaíde Otomão III - liderada pelos Infantes D. João e D. Henrique. Depois de levantado o cerco, esteve em missões diplomáticas em território marroquino. Segundo relata Zurara, na página 315 da Crónica do Conde D. Pedro de Meneses, Luís Gonçalves, num regresso de Ceuta, capturou "uma grande, e poderosa Carraca, partindo de Ceuta para Portugal, a qual andava a tráfego de Mouros, e foi achado nella muy grande riqueza, de que este Cavaleiro levou fundamento de viver sempre abastado".
Em 1431, foi enviado em outra missão diplomática, desta vez a Castela e de novo na companhia de seu irmão, para participar nas negociações que culminaram na assinatura do Tratado de Paz de Medina del Campo (30.10.1431), depois ratificado em Almeirim em 17-1-1432. Sobre essa missão de Luís Gonçalves, relata António Carvalho da Costa, no Tomo I da sua Corografia Portuguesa do ano de 1706 que “vendo-o El Rey de Castela falar com grande resolução, disse, que lhe não chamaria Malafaya, senão Bonafaya”.
Em 1452, D. Afonso V enviou-o a Roma[9], juntamente com Rui Gomes de Alvarenga, em missão diplomática com o propósito de desanuviar as relações entre Portugal e o papado, algo abaladas na sequência da morte em combate do infante D. Pedro em Alfarrobeira. A irmã do infante, D. Isabel, era duquesa de Borgonha e tinha solicitado o apoio do papa na defesa da memória do irmão, incluindo um tratamento adequado aos seus restos mortais e aos seus filhos. Por essa missão, Malafaia, Alvarenga e a comitiva receberam a quantia de 2385 dobras; em súplicas da abril e junho do mesmo ano, Luís Gonçalves defendeu a nomeação de D. Jaime, filho do infante morto em Alfarrobeira, para a posição de Cardeal.
Foi um rico e influente cortesão dos três primeiros monarcas da dinastia de Avis. Com a designação de rico-homem (que na época significava alguém com altas funções na corte), foi membro do conselho de D. João I (desde 1431) e depois de D. Duarte - de quem foi também vedor da Fazenda, a partir de 1435 - sendo por fim conselheiro de D. Afonso V a quem, a partir de 1441, serviu igualmente como vedor da Fazenda.
Faleceu antes de 22-10-1464, data de um documento de D. Afonso V nomeando um sucessor para o cargo de contador-mór, “em substituição de Luís Gonçalves, do meu Conselho”, que morrera.
Vários autores o referem como sendo um dos participantes no lendário episódio dos Doze de Inglaterra.
Foi cavaleiro da Ordem de Santiago.
Photos and archival records
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